"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca." - Clarice Lispector

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

“Contraponto – Surge um soldado”




No quartel:

A mente do soldadinho não parava. Quantos pensamentos confusos.
No peito tanta dor
Sentia-se sozinho
E naquele lugar se encontrou
Identificou-se com o tamanho e com a solidão
À noite em sua guarita dava espaço a sua imaginação
Sonhos lindos de amor
Sentia-se rejeitado,
Por diversas vezes ele foi
Sua musica servia para alimentar sua alma de esperança
Servia para aliviar sua alma da dor

No treinamento:

Ali deixou nascer o orgulho
Ali nasceu e cresceu sua vaidade
No treinamento aprendeu a engolir a seco a dor da solidão
Perdeu seus sonhos mais preciosos
Ali cresceu o ódio
Ali desenvolveu o supergo
Ali morreu o menino
Ali nasceu um sádico
Ali nasceu um “homem cruel”

Desenvolveu duas personalidades

Na vida o garoto lutava pela sobrevivência. Quantas vezes clamava por socorro através do brilho do seu olhar?
Mas... O orgulho entrava em cena

Tu és homem!
Tu és um soldado!
Tu és a lei
Tu és a verdade!
Tu és a força!
Reaja.
Vamos. É hora de reagir!
Tu não consegues?
Ah...Ele não consegue!
Não consegues, pois tu és uma mocinha!

A cada dia o garoto ia perdendo seu fôlego, ate que um dia o inevitável aconteceu, o garoto morreu.
Acabou...
E a esperança o acompanhou!

O soldado ganhava força
O soldado ganhava vida
Era preciso mostrar sua força
Finalmente,
O soldado conseguiu
Conquistou o respeito de todos
Em sua face séria e fria tinha algo que o denunciava, o brilho do seu olhar.
Tornou-se imponente
Tornou-se solitário
Mas...
Ele era o bom
Ele era indestrutível
Sempre estava com a razão

O soldado foi para a guerra
Assinou sua sentença.

(Continua)

Um comentário:

  1. Se todas as pessoas que sofrem resolvem, agir sem sentimentos e sem escrupulos o mundo ja teria chegado ao fim. Alias nós todos ja teriamos nos matado.

    malu

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