"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca." - Clarice Lispector

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

“O segundo dia de Sol”



Depois de toda aquela emoção da primeira vez
Finalmente ela recobrou os sentidos
Percebeu que nada nunca era totalmente ruim e nem totalmente bom
E foi isso o que buscou durante todo aquele período de escuridão.
Levou algum tempo para reconhecer que agora estava onde nunca deveria ter saído.
Estava em si
Sentia a grama molhada em seus pés descalços
Sentia que agora eles estavam bem
Livres
Sem dores
As marcas seriam passageiras
E o sol?
Ah! O sol estava lá “brilhando”
Como sempre esteve
Ele também estava lá nos dias cinza esperando ser notado, admirado.
Em frente ao espelho, solta seus cabelos. Encara-se.
Fica ali parada... Apenas observando
Tentando se definir
Se redescobrir
Abriu a janela, o deixando entrar por todos os cantos
Deitou-se e permitiu que ele a aquecesse
Dormiu... Tranqüila... E naquele momento feliz!

(Continua...)

Ao som de Clair de Lune – Claude Debussy

4 comentários:

  1. Olá, é bom saber que sobre as nuvens, mesmo em dias nublados, o sol está lá, o amor, está lá, quem nos quer bem está lá, abraços

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  2. Oi Iara,

    que coisa boa de ler e ver! Uma doçura de texto..
    A esperança é esse dínamo presente também em dias cinzas,

    muito bom, amiga!

    Bjks,
    є ѕ t є я

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  3. Abrir a janelas e ver que o sol brilha , de novo.
    bonito Iara
    bjim

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  4. Iara,

    Que surpresa boa vir te visitar nesta manhã! Gostei do seu texto, vi que nossos versos conversam!

    Grande beijo e te sigo!

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