"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca." - Clarice Lispector

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sábado, 17 de setembro de 2011

"Sei que..."

... A pedra que empurro murro a murro
morro acima, e que volta sobre mim,
são lembranças revoltadas, sem fim,
de criança mal amada, de um casmurro.

Da distância em que me vejo e empurro
esta desgraçada pedra de rim,
de mitologia grega, de arlequim,
não ouço - da razão - o maldito sussurro
que parece prometer o paraíso.

Por isso perco a pose e tropeço
de novo, cada vez mais indeciso.

Porque ouço pensamentos pelo avesso
e minha língua amarrada e de improviso
se explode, gritando sem endereço

(Ricardo Leandro)

5 comentários:

  1. oi Iara,

    e de saber que poemas são verdades
    descritas em forma de versos,
    me dói o coração só de pensar
    em uma criança mal amada...

    beijinhos

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  2. Profundo esse texto, nos faz refletir bastante! Beijos e tenha um bom domingo.

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  3. adorei a poesia....

    saudades de vc Iara...


    grande beijo querida...

    Zil

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  4. Ricardo,
    Embora o poema esteja bem arranjado, o sentimento que transborda nele me faz pensar de que precisa se libertar.
    A pedra que empurra, pode perfeitamente ser deixada de lado ja que trilhou seu próprio caminho. E é bom que ela (pedra) fique visivel, porque precisamos ver que somos capazes de ultrapassar barreiras e seguir adiante, fazendo diferente, fazendo a diferença.
    Abraços.
    KGaiotti

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  5. Olá, parabéns pelo seu blog.
    Já estou te seguindo beijos.

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