"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca." - Clarice Lispector

Por aqui passam

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Surrender"



Em janeiro, no meu aniversário “uma grande amiga” – (Pámela), me presenteou com um livro.
Aliás, se alguém quer me presentear e me ver feliz e satisfeita com o presente me de livros.
Voltando...
Ganhei um livro – estava louca para adquirir. Mas como todos os meus presentes de natal e aniversário foram livros levei um certo tempinho para dar inicio a esta leitura.
É engraçando o quanto demoro a absorver as coisas!

Eat, pray, love – (Comer, rezar, amar) – Elizabeth Gilbert

Que história maravilhosa e envolvente.
A guerra que Liz enfrenta para encontrar o seu equilíbrio – É muito parecida com a minha.
Identifico-me de uma maneira imensurável com algumas coisas, com alguns pontos de vista dela.
Principalmente quando relata sua maneira de amar um homem
O que espera de uma relação amorosa
À vontade que ela tem de se tornar uma mulher auto-suficiente.

Quando amo me entrego de corpo, alma e coração e quero que a “entrega” do meu parceiro seja igual e na mesma proporção.
Por que nunca encontrei alguém assim que estivesse disposto a amar sem medo de sofrer e sem medo de ser feliz?
É engraçado quando estamos dispostos a ter ou a realizar algumas coisas essas mesmas coisas se tornam difíceis e ao mesmo tempo complicada.
Parece que a cada dia o meu sonho fica mais distante da minha realidade.
A cada amanhecer me sinto vencida. E vou entregando os pontos dessa batalha que é encontrar a minha verdadeira felicidade. Que é encontrar o meu “verdadeiro EU”.
Ás vezes me odeio porque quando amo me entrego, me dedico daria tudo, a vida a alma se fosse preciso para ver o meu “amor”, bem e feliz. E porque ninguém nunca fez isso por mim?
Talvez eu já tenha essa resposta. Melhor deixar isso para outro dia.

E folheando atentamente a todas as paginas fui percebendo o quanto ela sufocava seu ex e o quanto eu também sufoquei o meu ex.
E me pergunto com um ódio tremendo por que hesitei tanto para ter esse livro, se tivesse visto algumas coisas a tempo teria evitado muitas coisas. Mas quando volto ao meu estado natural logo penso, eu poderia ter lido este livro cem vezes e não teria o mesmo efeito que tem hoje.
Amar - é algo tão bom – Não encontro palavras para definir tal sentimento e quando somos correspondidos. Nossa! Nem dá para falar. Mesmo porque emoção não se descreve.
Tudo o que eu mais desejo encontrei nessa história, em se tratando de sentimentos.
Eu particularmente, nunca teria tido a coragem que Liz teve quando decidiu acabar com o seu casamento – um relacionamento, diga-se de passagem, estável.
Mas, parando para analisar as coisas e ver qual é o verdadeiro sentido de viver e ser feliz vejo que ela fez a escolha certa.
“Muitas vezes a felicidade não está na estabilidade e sim na emoção do que é desconhecido”.
E a única coisa que gostaria de libertar da minha vida, da minha existência seria a coisa que mais esteve comigo de uma maneira brutal e cruel. Seria a coisa que mais me fez cia nessa vida – Depressão – Solidão.
Que inferno! Por que sempre tenho a necessidade de ter alguém ao meu lado para ser feliz, para estar bem?
Essa carência que ninguém esta disposto a tirar de mim nem mesmo eu.
Várias coisa já fiz para me livrar, mas estão em mim, assim como estão em mim as minhas tatuagens. Mas elas eu as quis aqui em mim e essas duas trapaceiras sem escrúpulos não. Eu não as quero aqui.
Como fazer para me livrar?
Tornar-me auto-suficiente?
Qual seria o melhor caminho?
Para poder ficar em casa sozinha, e estar feliz por estar só. Por estar comigo.
Como fazer para amar a minha cia, sem me achar chata e sem gosto nenhum?
E será que é assim que as pessoas se sentem quando estão comigo?
Enfim, não tenho disponibilidade de tempo e nem de dinheiro para fazer o que Liz fez.
Viajar e tentar se realizar como pessoa, como mulher, como ser humano que é.
Terei que encontrar o meu prazer, a minha espiritualidade e o meu tão desejado e sonhado amor aqui.

2 comentários:

  1. Noosssaaaaaa Kiança!!!
    Você se superou nesse texto... AMEIIII!
    E para os que não me conhece fui eu q dei o livro... hehehehe

    beiijooo

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  2. Muito bom o seu texto,
    Muito bom livro e o filme tambem eu gostei.
    tenha calma, saiba esperar, mesmo pq as coisas só chegam na hora certa.
    Bjs

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